Se o seu médico ou nutricionista se limita a olhar apenas os famosos “verdinhos” e “vermelhinhos” nos resultados dos seus exames laboratoriais, talvez seja a hora de repensar a escolha desse profissional. E eu explico o motivo.
A Nutrição Funcional — linha que sigo e aplico com convicção — é uma vertente da Nutrição que busca atuar de forma preventiva e integrativa, promovendo saúde antes mesmo que a doença se instale. O foco está na modulação de fatores que predispõem ao surgimento de desequilíbrios e patologias, promovendo a verdadeira qualidade de vida e bem-estar.
É fundamental compreender que, até que uma doença se manifeste clinicamente, existe um processo gradual de deterioração dos sistemas do nosso organismo. Esse processo, muitas vezes silencioso, caracteriza-se por uma inflamação crônica de baixo grau, acompanhada por sinais e sintomas que, se bem avaliados, podem indicar a necessidade de ajustes e intervenções precoces.
Quando falamos em exames laboratoriais, é muito importante entender que o fato de estarem dentro dos chamados “valores de referência” não significa, necessariamente, que eles indicam um estado de saúde ideal.
Esses valores de referência são calculados de maneira estatística, a partir de uma média obtida com base nos resultados da população em geral — e, lamentavelmente, grande parte dessa população não está saudável. Assim, à medida que a saúde populacional se deteriora, os parâmetros considerados “normais” também se ajustam, tornando-se cada vez menos rigorosos.
Por isso, na abordagem funcional e integrativa, buscamos sempre interpretar os exames de maneira mais criteriosa e personalizada, considerando os valores ideais para a promoção da saúde e não apenas a ausência de doença.
Deixo aqui algumas reflexões importantes:
- Você tem realizado seus exames com a frequência adequada?
- O profissional que te acompanha dedica tempo suficiente para analisar esses resultados com profundidade?
- Ele considera também seus sinais, sintomas e histórico de vida, e não apenas os números isolados?
Lembre-se: a clínica é soberana. Nenhum exame substitui a escuta atenta, a anamnese bem conduzida e o olhar global para o paciente.
