O óleo de canola é frequentemente promovido como uma opção saudável entre os óleos vegetais, mas seu uso ainda gera controvérsias — especialmente quando consideramos sua origem e os processos envolvidos em sua produção.
O que é o óleo de canola?
Apesar do nome, não existe uma planta chamada “canola”. O termo é uma abreviação de Canadian Oil Low Acid (óleo canadense com baixo teor de ácido), criado para nomear uma variedade modificada da planta colza, desenvolvida em laboratório com menor teor de ácido erúcico — um tipo de gordura potencialmente tóxica em altas concentrações.
Por que há preocupação?
- Processo de extração industrial
O óleo de canola passa por um processo extenso de refinamento, que inclui o uso de solventes químicos como o hexano — uma substância tóxica em contato com células humanas. Embora a indústria afirme que os resíduos sejam removidos, o impacto do consumo contínuo de óleos altamente processados ainda levanta questionamentos. - Presença de ácido erúcico
Mesmo nas versões com baixo teor, o ácido erúcico é uma gordura com potencial tóxico em doses elevadas, anteriormente associada a efeitos negativos no coração em estudos com animais. - Formação de gorduras trans
Quando aquecido a altas temperaturas, o óleo de canola pode formar pequenas quantidades de gorduras trans — conhecidas por seu efeito inflamatório no organismo e por aumentarem o risco de doenças cardiovasculares.
Conclusão: vale a pena usar?
Diante das dúvidas sobre seu impacto na saúde, o óleo de canola não é considerado a melhor opção para o preparo de alimentos, especialmente quando exposto ao calor.
Alternativas mais seguras (com uso moderado):
- Azeite de oliva extravirgem (ideal para uso em preparações frias ou com aquecimento leve)
- Óleo de coco (resistente ao calor, indicado para preparações rápidas)
- Banha de porco (fonte natural de gordura saturada estável em altas temperaturas)
- Manteiga ghee (livre de lactose e caseína, com alta estabilidade térmica)
Importante: A escolha do tipo de gordura deve sempre levar em conta o contexto alimentar, a individualidade bioquímica e o equilíbrio geral da dieta. Para decisões mais seguras, o ideal é contar com a orientação de um profissional de saúde qualificado.
