Quando acompanho gestantes, peço para excluir o cafezinho, especialmente se há uma gestação de risco ou histórico de perdas. Pode parecer um pouco extremista, mas tenho bons motivos.
Mas acreditem, não vale a pena
correr o risco! Alguns ajustes nos hábitos de sono, na dieta, uma boa suplementação e atividade física podem melhorar essa disposição.
Apesar de alguns estudos apontarem uma dose de segurança de cafeína, não temos hoje nenhum tipo de padronização do café. Dependendo do tipo, origem e preparo, a mesma xícara pode ter de 45 a 165 mg de cafeína, e não temos como saber ao certo.
Além disso, algumas pessoas são metabolizadoras lentas e outras, rápidas de cafeína. Quanto mais lenta a metabolização, maiores os efeitos da cafeína sobre o organismo. Para saber isso ao certo, apenas fazendo um teste genético.
Diversos artigos demonstram que o consumo de cafeína pode levar à redução de estrogênio, falhas na implantação e abortos espontâneos até 20 semanas de gestação. Portanto, essa > restrição é essencial, especialmente nos primeiros três a quatro meses.
Para quem sente falta do sabor, uma opção é utilizar café descafeinado com moderação.
Prefira versões orgânicas e que não utilizem cloro na extração da cafeína.
Sabe-se também que a cafeína atravessa a placenta e chega até o bebê, que ainda não tem a enzima para degradá-la. Assim, a cafeína pode ser 50 vezes mais tóxica para o feto do que > para a mãe, podendo levar a problemas de crescimento e desenvolvimento.
